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Conferência reúne 5 governadores para discutir os desafios socioeconômicos durante Covid-19

“Nós não seremos os mesmos, todos teremos que nos adequar e adaptar à nova realidade”, afirmou o governador Helder Barbalho

Qual o cenário socioeconômico dos Estados brasileiros durante e pós-Covid-19? Para responder à esta pergunta, a Comunitas reuniu, na última sexta-feira (24), os governadores Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, Romeu Zema, de Minas Gerais, Ronaldo Caiado, de Goiás, Helder Barbalho, do Pará, e o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia. A conferência on-line foi realizada pelo Inova Juntos – hub de inovação em gestão pública liderado pela Comunitas.

“O momento é de somar esforços e compartilhar experiências, para que todos saiamos fortalecidos desse momento desafiador. Por este motivo, reunimos os governadores que integram a nossa rede para buscarmos soluções em conjunto”, explicou a diretora-presidente da Comunitas, Regina Esteves.

A mediação da conferência ficou à cargo de Fábio Zambeli, analista-chefe do portal JOTA. Segundo o jornalista, em um País de dimensões continentais como o Brasil, uma crise de saúde de proporções dramáticas, demanda soluções, empodera gestores e valoriza a capacidade de liderança em âmbito regional. “São os senhores que estão na linha de frente de combate ao vírus e que conhecem a peculiaridade de cada região, cada polo produtivo e atividade econômica”, disse.

Para Caiado, um dos desafios no momento é a decisão que deu aos municípios a autonomia de decidir critérios de liderar as ações frente ao coronavírus, que resultou em queda na taxa de isolamento registrada em Goiás. Segundo o governador, é fundamental a integração quanto as medidas entre o governo estadual e os municípios, para que haja alinhamento entre os entes.

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No Pará, o desafio é criar estratégias diferenciadas que contemplem todo o estado. Sendo assim, é fundamental que o cidadão cumpra com suas responsabilidades. “Nós não seremos os mesmos, todos teremos que nos adequar e adaptar à nova realidade”, afirmou Helder Barbalho.

Durante o encontro, os governadores também explicaram as ações realizadas pelas gestões na área social na tentativa de mitigar os impactos provocados pela Covid-19.

No Rio Grande do Sul, uma das ações realizadas foi a compra de alimentos para famílias em situação de vulnerabilidade e oferecimento de alimentação para a população em situação de rua de municípios que possuem os maiores índices de pobreza do Estado. Além disso, o estado também desenvolveu procedimentos e medidas para a prevenção e mitigação dos danos causados pela Covid-19 no sistema prisional, com medidas para as diferentes regiões.

Em São Paulo, também na área social, o estado determinou a suspensão de cobrança de tarifa social da água; a proibição de algumas ações de interrupção de fornecimento de gás e energia elétrica de consumidores residenciais e pequenos comércios; a ampliação do atendimento do Bom Prato; a distribuição de kits de produtos de higiene pessoal; e a ampliação do programa VivaLeite, que reforça a nutrição de idosos residentes de abrigos e residenciais socioassistenciais.

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Recuperação econômica

Alguns dos estados já estão desenvolvendo protocolos para reabertura da economia pós-pandemia. É o caso do Rio Grande do Sul e Minas Gerais – que, inclusive, contaram com apoio da Comunitas na criação das iniciativas.

No Rio Grande do Sul, o governo desenvolveu um novo modelo de distanciamento controlado, que permitirá a reabertura econômica do Estado. O apoio da Comunitas permitirá ao projeto promover o diálogo entre o setor público, o setor produtivo e científico/acadêmico utilizando uma estratégia mista, modulada e pactuada para equilibrar prioridade à vida com retomada econômica.

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“É necessário que tenhamos algo sustentável, que alinhe a priorização da saúde com o ponto de vista econômico, pois economia também interfere diretamente na vida das pessoas”, declarou o governador Eduardo Leite.

Em Minas Gerais, o desafio também é a reabertura dos comércios locais autorizadas pelas chefias municipais de maneira precoce e sem base em critérios técnico, segundo o governador Romeu Zema. A partir do desafio, foi criado o Minas Consciente, programa para flexibilização gradual da quarentena, com orientações para prefeituras e população.

A administração paulista também desenvolveu um conjunto de protocolos para a volta gradativa e responsável da atividade econômica, denominado Plano São Paulo. Segundo Rodrigo Garcia, a iniciativa visa mobilizar toda a equipe de governo na pactuação de protocolos com setores da economia. A implementação será realizada em fases, regionalizada e setorial, com decisões baseadas em dados, evidências e Ciência e alinhada com saúde, setor econômico e sociedade.

“Para o futuro, precisaremos reinventar o papel do Estado, pois todos nós precisaremos enfrentar um ‘novo normal’ a partir do segundo semestre. Em São Paulo, já estamos desenhando um novo modelo de governo, privilegiando a geração de empregos nas ações que tomaremos”, disse o vice-governador.

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“Algumas palavras ficaram muito marcantes nesse encontro, e uma delas é a pactuação. Estamos em um momento que exige que o governo firme esse acordo com a sociedade, a iniciativa privada e outros Poderes.  E na Comunitas nós trabalhamos exatamente com isso, uma governança compartilhada onde chamamos todos os setores para dividir desafios, responsabilidade e até mesmo sonhos. Então, a mensagem final que deixamos é que vocês, gestores públicos, não estão sozinhos”, expressou Regina Esteves, encerrando o encontro.

Comunitas no desenvolvimento de protocolos para ações durante e pós-Covid-19 em RS, GO, MG e PA

Para auxiliar a gestão pública na busca por respostas para os desafios provocados pela pandemia da Covid-19, a Comunitas está desenvolvendo um projeto que busca propor caminhos, mais ágeis e assertivos, que possam apoiar na recuperação socioeconômica dos Estados. Além do Rio Grande do Sul e Minas Gerais, a iniciativa está sendo desenvolvida em parceria com os Governos do Pará e Goiás – também integrantes da rede formada pela organização.

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O objetivo da iniciativa é colaborar com o planejamento e monitoramento das decisões tomadas pelos gestores públicos durante a crise do Covid-19, por meio da articulação com diferentes setores, que resultem num processo transparente de priorização e elaboração de protocolos de retomada das atividades socioeconômicas locais.

 

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